Mamadou Ba é uma inspiração para qualquer pessoa que tenha a mínima compreensão sobre o que é o racismo emaranhado nas estruturas espúrias do capitalismo.
Nós temos a constante mania de admirarmos os que já nos deixaram, é verdade. Portanto, começo meu texto de apoio deixando meu agradecimento a ele e aos que não se calam diante da opressão, àqueles que, mesmo sabendo as consequências que sofrerão, permanecem de pé, altivos diante do opressor, como fez e faz Mamadou Ba.
Conhecemos perfeitamente o cariz desta acusação que sofre Mamadou. Nada mais que o direito burguês-capitalista defendendo o interesse do capital, que é, com nome de direito, se negar a reconhecer que um fascista é um fascista, mesmo que façam questão de espalhar aos quatro ventos o que são. Sabemos ainda que este (traste), que acusa Mamadou Ba de difamação, foi sim participante do assassinato de Alcindo Monteiro, a mesmo direito burguês-capitalista o disse. Recomendo que vejam o documentário do Miguel Dores. Está lá tudo muito bem explicado. Talvez você, leitor, não tenha esta compreensão.
A Mamadou Ba, que fique registado neste pequeno texto que tem em mim uma camarada que muito admira e se inspira nas suas ideias e resistência.
Enquanto tiver chão, aqui estaremos lutando todos os dias para que Alcindo não seja esquecido, que fascistas sejam chamados como são de fato, que nas ideias sempre serão assassinos de minorias, e para que na prática não estejam entre nós. Porque nós sim merecemos viver e viveremos para sermos solidários, incansáveis para alcançarmos uma sociedade que abrace à todos. Menos os racistas.
Priscila Valadão
operadora de call center