Não esquecer nunca que a liberdade é uma conquista e prática diária.
A luta diante dos intermináveis jogos de poder que nos atravessam.
A coragem de uma ética voltada para o autogoverno, para a noção do outro, para a não submissão, para a intolerância ao intolerante.
Não faz sentido celebrarmos as tantas conquistas como Abril, como a descolonização e tantas outras lutas e continuarmos a ser racistas, fascistas ou castrarmos ou oprimirmos o outro, o próximo, os filhos. As micro relações de poder e atos opressores estão à nossa volta, em todos os lugares. É necessário trabalho interno, individual, coletivo.
As leis gerais são perigosas, os códigos de conduta universais também, somos organismos vivos e em relações constantes de forças. A ideia de combate ou conflito foi e é sistematicamente e erradamente associada à destruição e violência. Mas é preciso combater. Romper com os espaços de cobardia, de censura, de mediocridade, de opressão, de autoridade sem diálogo. É preciso nomear.
Pela carne e pelo osso
Pelo activista, antirrascista
Mamadou Ba
Ana Freitas Reis
psicóloga, poeta, doutoranda em filosofia