Em Carne e Osso
Mário Machado já foi condenado várias vezes por um conjunto de crimes, todos eles relacionados com ligações à violência fascista da extrema-direita. Quando alguém ou alguma instituição se associa às dores de uma figura como esta, não o faz por erro ou distração. Fá-lo porque sabe que é uma estratégia que, através da tese que coloca racismo e antirracismo como dois lados da mesma moeda, espezinha justamente quem tem lutado por uma sociedade mais justa e igual. Mamadou merece a nossa solidariedade, de todos e todas que, juntando a sua força à dele, imaginam e lutam por um país onde a única coisa que queremos expulsar do território é mesmo o racismo.
Luís Monteiro
museólogo, investigador no CITCEM-UP