O Mamadou Ba vai ser julgado. Mais uma vez assistimos a um processo que revela a falta de independência da justiça, que tantas vezes é injusta.
Lemos o processo do ataque terrorista do 10 de Junho onde o Alcindo Monteiro foi assassinado e todo o horror dos restos capilares nas botas de um dos assassinos.
Hoje, a dedução de uma acusação, onde os vilipendiados são acusados no tribunal e os fascistas são agraciados na imprensa, revela a podridão que vai a nossa democracia.
O ativista Mamadou Ba é também um académico. Tem sido incómodo e incomodado. A má interpretação por parte de alguns órgãos de comunicação social que tem sido dada às suas palavras, que têm uma carga simbólica, revela uma de duas: ou não leram o suficiente, ou então é mesmo por maldade. O Mamadou Ba sabe o que diz e o que convoca. Não é por acaso que 《é preciso matar o homem branco, assassino, colonial e racista》. Se somos ou queremos ser cultos, então que se interpretem as palavras no seu devido contexto. As vítimas, ainda que não se deixem vitimizar, aguardam justiça.
EM CARNE E OSSO 