“Quando levaram os judeus voltei a ficar em silêncio, afinal, eu também não era um judeu…” “Quando finalmente me vieram buscar, já não havia ninguém que pudesse protestar.”
Não voltará a ser assim…
Perante os que atacam quem defende os direitos humanos e luta contra o racismo, não podemos ficar em silêncio. Somos muitxs: Comunistas, Socialistas, Judeus, Homossexuais, Sociais-Democratas, Sindicalistas, Antirracistas, e tantas e tantos mais, juntos pela solidariedade e pela defesa da liberdade conquistada em Abril. Somos tudo isso e temos orgulho de ser chamados pelo que somos…
Firmemente ao lado do Mamadou estão todas aquelas e aqueles que incomodam os inimigos da democracia e da liberdade, da liberdade de expressão, de forma particular. Seremos todas e todos julgados com ele, porque todas e todos nós chamamos os bois pelos nomes, em vez de lhes chamarmos “gente de bem”.
Ao lápis azul do fascismo, Abril respondeu com a Liberdade de expressão e com um começar de novo. Normalizar os neoprotagonistas do fascismo, julgando ativistas pelo uso dessa liberdade arduamente conquistada, é um papel que é inaceitável e redutor para a democracia que nasceu em Abril. É este tipo de (in)justiça que continua a envergonhar a nossa democracia. Para a normalização do fascismo, já bastou a mão leve da justiça para com os crimes do regime fascista e dos seus agentes. Fechámos esse capítulo, não queremos nem podemos abri-lo novamente.
Os que mentem são mentirosos, os que discriminam são racistas, os que matam são assassinos… E aqueles que os amparam são os seus cúmplices, saudosos de outros tempos, em que o poder de alguns se sobrepunha à liberdade de expressão todxs.
Temos memória, não esquecemos Alcindo Monteiro. Não passarão!
Humberto Silveira
informático