Um país com o passado colonialista como Portugal não pode permitir que suas instituições democráticas sejam usadas para proteger racistas. Ao invadir a América, a África e a Ásia, Portugal promoveu não apenas um intercâmbio econômico, mas acima de tudo uniu sua história permanente à história de suas colônias. Independente da cor de nossa pele, muitos de nós carregamos genes portugueses, queiram os fascistas ou não. E Portugal não pode permitir que esta herança seja um motivo de vergonha. Combater o racismo e a xenofobia deve ser para Portugal um compromisso com preservação de sua história e sobretudo uma estratégia para preservação de um Estado extremamente dependente da força de trabalho estrangeira.”
Tânia Monteiro Vitória
brasileira, imigrante, descendente de negros e portugueses