Vivemos num mundo em que a justiça crê que o racismo e o antirracismo são ambos perigosos. Diz António Costa que, felizmente, não vivemos nos extremos do mário machado ou do Mamadou Ba.
Pois vejamos, o racismo que agrediu Cláudia Simões, matou Alcindo Monteiro, Danijoy, Bruno Candé, entre muitas outras pessoas, sem ser demonstrada culpa por parte dos criminosos, não é o antirracismo de Rosa Parks que ousou sentar-se, o de Angela Davis que denuncia as prisões e levanta debates, o das Aurora Negra que tomaram palcos e ganharam voz por ocuparam o espaço, entre tantos outros exemplos, o de Mamadou Ba que enfrenta ameaças, insultos e processos judiciais de uma justiça que prefere situar-se ao lado de, chamemos os bois pelos nomes, gente violenta, parte de grupos criminosos que incitam o ódio e a violência.
O antirracismo não é nada disso, é lutar por dignidade, por direitos.
O juiz Carlos Alexandre escolheu o seu lado, o meu é ao lado do Mamadou.
Canta o Caio Prado “a conduta dos meus filhos será fogo nos racistas”
Vera Palos
tradutora