Caro Mamadou,
Não me conheces, mas acompanho a tua luta, a tua sinceridade e a tua dedicação a uma causa de todos, para todos. Associo-me a esta luta, incrédula que estou com tudo isto. Tenho divulgado o caso com os pouquíssimos meios de que disponho, porque estou farta de um Portugal colonial(ista), racista, cego, conservador até ao tutano da paciência.
Desejo-te muita, muita força! Em baixo, o meu texto. Aqui, um abraço fraterno.
“Ao ser humano não basta ser humano. A humanidade faz-se de ações e posições, que se carregam na luta e na verdade. O Direito deve constituir-se de Justiça e a luta contra o racismo é uma luta justa, urgente e necessária. Quero acreditar que o Estado de Direito Democrático se inscreve no código de valores humanos, em que o preconceito e a discriminação não têm lugar. Segundo o Diário da República Eletrónico, a “participação [popular] (…) implica também a participação ativa dos cidadãos na resolução dos problemas nacionais, o permanente controlo/escrutínio do exercício do poder por cidadãos atentos e bem informados, o exercício descentralizado do poder e o desenvolvimento da democracia económica, social e cultural.”
Pois é precisamente isto que aqui fazemos, ao manifestarmos a nossa solidariedade a Mamadou Ba. A ele, porque tenho esperança num mundo solidário, fraterno e igual, agradeço a sinceridade, honestidade e força.”
Patrícia Silva
profissional liberal