O medo não tem morada aqui
Não quero viver num país onde reine o medo.
Ele chega baixinho,
a sussurar ao nosso ouvido.
Com passinhos-de-lã envolve o nosso espírito,
vai ameaçando a convição
Tudo isto enquanto engole a nação.
Começa com uma simples petição,
assinada por revolta.
“É uma anedota”,
descansa parte da oposição.
Mas não é uma ameaça remota
Torna normal que se diga
que com a mão com que se dá
-sim, essa mão-
também se tira.
o racismo espreita
e o neoliberalismo é reforçado.
com mentiras e calúnias
o socialismo é silenciado.
mas havemos de ganhar
porque a luta
não é fácil de se assustar.
Andreia Galvão
estudante e ativista antirracista